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Economia AUMENTO DOS PREÇOS

Tributos forçam subida de preços de itens natalinos

A carga tributária de uma árvore de Natal e enfeites passou de 24,58%, ano passado, para 39,23%, este ano

22/12/2021 às 11h54
Por: Redação
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Foto: Reprodução
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Quem ainda for às compras no final de ano vai precisar desembolsar mais para preparar a ceia, comprar presente ou levar para casa as chamadas lembrancinhas. Os preços de itens natalinos estão mais altos. A incidência de tributos no preço final encareceu os queridinhos do período e está pesando mais no bolso do consumidor. “Houve aumento de tributação em relação ao ano de 2020”, adiantou o advogado especialista em direito tributário e professor da ITS Edu, Carlos Dias.

Só para se ter ideia, a carga tributária de uma árvore de Natal e enfeites passou de 24,58%, ano passado, para 39,23%, este ano. Outro exemplo é o celular – a variação saltou de 28,84%, em 2020, para 39,80%, nos dias atuais. Videogame e jogos - que são bem solicitados ao Papai Noel e estão na lista dos itens com maior carga tributária – também tiveram reflexos. Ano passado, a tributação contribuía com 67,41%. Agora, alcança72,18%. Os dados são do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) e do “impostômetro”.

Já perfume importado (78,99%), maquiagem importada (69,53%) e relógio (56,14) são itens que apresentam maior reflexo dos tributos. No quesito alimentação, o peso da carga tributária no preço final do panetone é de 34,63%, enquanto que em relação ao peru, chester e pernil, chega a 29,32%.

Desigualdade social

A questão é que o custo do Natal acaba não sendo o mesmo para todos. Ou seja: uma empregada doméstica e uma empresária pagarão o mesmo valor de um videogame. A diferença é quanto o montante vai abocanhar no orçamento de cada uma e a capacidade de pagamento que elas terão. “Nosso sistema onera com maior intensidade os mais pobres e acentua ainda mais a desigualdade social ao dificultar, ou até mesmo impossibilitar, o acesso dos mais pobres a determinados itens de consumo”, avalia o professor.

Para o especialista, a tão falada e esperada reforma tributária poderia corrigir, ao menos em parte, tais distorções. “Mas talvez esse seja mais um daqueles pedidos ao Papai Noel que nunca serão atendidos”, observa.

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